Belterra, símbolo da Era da Borracha, completa 84 anos

Uma das principais representantes da Era da Borracha no Pará, a cidade de Belterra completa hoje (04), 84 anos de sua fundação. A área do município foi escolhida pela empresa americana Ford Motor Company para sediar o segundo projeto para plantio e exploração de seringueiras. De uma pequena vila com características arquitetônicas e urbanísticas das cidades no interior dos Estados Unidos, construída em 1934, Belterra é atualmente patrimônio nacional, reconhecida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Com cerca de 17 mil habitantes, o município está ao lado da Floresta Nacional do Tapajós (Flona) e de uma variedade de praias às margens do Rio Tapajós, como Pindobal, Iruçanga, Porto Novo, Aramanaí, Maguari e São Domingos. De Santarém, pela BR-163, ou do balneário Alter-do-Chão saindo pela PA-457, é fácil acessar Belterra.

A programação de aniversário se iniciou com uma alvorada, às 5h, e prossegue com missa em Ação de Graças, às 18h, na Igreja Matriz de Santo Antônio, com a participação do Instituto Maestro Wilson Fonseca, do município de Santarém. À noite, a partir das 20h, a Praça Brasil será palco do tradicional “parabéns”, com bolo e show pirotécnico.

As apresentações seguem com a Escola de Artes da Secretaria Municipal de Educação; mais capoeira, dança e violão organizados pelo Centro de Referência em Assistência Social (CRAS); da Academia da Saúde da Secretaria Municipal de Saúde; e do grupo Mistura de Carimbó.

Neste sábado (05), a partir das 19h, os shows gospel serão com a Orquestra Levita da Assembléia de Deus de Santarém, Igreja da Paz, Igreja Betel, Igreja de Deus no Brasil, Assembléia de Deus, e Igreja Renovação. No domingo (06), às 16h, haverá a gravação do primeiro episódio do Tour BMX em Belterra. Nos dois dias, a programação se concentrará na Praça Brasil.

Museu – Parte da estrutura da antiga vila americana, como as duas caixas d'água e o Hospital Henry Ford, será restaurada para abrigar o Museu de Ciências da Amazônia, uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), em parceria com a Prefeitura de Belterra, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Organização de Desenvolvimento Cultural e Preservação Ambiental AmaBrasil.

As obras começaram em março passado. O investimento total do Museu é de R$ 17,6 milhões, sendo R$ 10,5 milhões financiados pelo BNDES. “O Museu tem a finalidade de incentivar o patrimônio histórico da região, além de fomentar a qualificação e capacitação profissional dos próprios habitantes de Belterra, que irão se apropriar deste equipamento. Além disso, impulsionará o polo turístico do Tapajós e gerará novas possibilidades, por meio do turismo científico e da educação empreendedora”, afirmou Alex Fiúza de Melo, secretário da Sectet, durante a solenidade de início da construção do Museu.




Por Fabíola Batista/Agência Pará

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