“Hoje finalizamos todas as etapas do concurso público, mas
começamos outra, que é o trabalho efetivo dos novos policiais que irão reforçar
a segurança pública em todo o Estado”, destacou o delegado-geral da Polícia
Civil, Rilmar Firmino, durante a posse dos 141 aprovados para o cargo de
delegado. A cerimônia ocorreu na noite desta terça-feira (27), no auditório da
Delegacia-Geral, em Belém, e contou com a presença do governador Simão Jatene.
O governador parabenizou a todos pela aprovação e escolha de
um cargo público tão importante, que tem a missão de proteger a população.
“Vocês não estão sozinhos. A responsabilidade é grande e os desafios são
maiores ainda, mas estamos trabalhando para que, juntos, possamos fazer uma
polícia melhor, e assim prestar um melhor serviço à população”, afirmou Simão
Jatene.
O ingresso dos novos policiais faz parte dos compromissos
assumidos pelo governador no pacote de ações imediatas para melhorar a
segurança em 2018. “Entre as ações anunciadas estava a nomeação e posse dos
policiais, o que foi cumprido até antes do prazo estimado. Mas os investimentos
na segurança também incluem novos policiais militares, que estão em formação e,
em breve, estarão nas ruas”, ressaltou o secretário de Estado de Segurança
Pública e Defesa Social, Luiz Fernandes.
Ele também destacou outros investimentos. “Já entregamos
veículos para a Guarda Municipal de Belém, e outros ainda serão entregues para
outros municípios. Temos mais ações de reforço, como a criação da Delegacia da
Mulher e da Divisão de Atendimento ao Adolescente, ambas em Ananindeua, assim
como o fortalecimento da Divisão de Homicídios, para apuração dos crimes, e da
Inteligência Policial. Tudo isso agora é possível em razão da posse dos novos
policiais”, garantiu o secretário de Segurança Pública.
Reconhecimento - Durante a cerimônia foi entregue o kit
operacional, com arma, colete e algemas, que será utilizado nas ações diárias
pelos novos policiais. O delegado Diego Máximo do Prado, 22 anos, recebeu o
material representando os novos empossados. Natural de Goiânia (Goiás), o jovem
advogado sempre sonhou em ser policial para, segundo ele, “dar voz a quem não
tem”.
“É uma vitória muito grande estar aqui. Cada um aqui pagou
um preço muito grande por essa conquista. Eu, especialmente, deixei de ver o
nascimento do meu filho. Só fui conhecer quando ele já tinha dois meses. Então,
para mim, essa conquista tem um sabor especial e uma grande importância”,
frisou Diego Máximo do Prado.
Ainda segundo o policial, a gestão responsável do Estado e o
prestígio da corporação no País foram fatores fundamentais para que decidisse
fazer o concurso. “Além de ser um Estado com um salário atrativo, possui uma
Polícia Civil bem estruturada, de acordo com as suas capacidades, e com isso
tenho condições de desenvolver um bom trabalho aqui”, complementou.
A paraibana Moema Carvalho, 35 anos, filha de delegado, vê
sua entrada na Polícia Civil como um sonho realizado. “Seguir essa carreira era
minha pretensão desde pequena, e aumentou depois que me formei em Direito.
Estou preparada, e espero desenvolver um trabalho muito positivo em prol da
população. Darei o meu melhor, sempre!”, afirmou.
A nova delegada também destacou o trabalho da corporação na
escolha pelo serviço público. “O Pará é atrativo em todos os sentidos, em suas
belezas e, economicamente, para o servidor público, pois está com suas contas
em dia. Além disso, é um Estado bem desenvolvido, e a polícia é excelente.
Esses foram alguns dos fatores que contribuíram para eu estar aqui hoje”,
declarou Moema Carvalho.
Concurso - Os novos delegados da Polícia Civil foram
aprovados no concurso público iniciado em 2016, e finalizado no mês passado. O
critério de lotação obedece à ordem de classificação no certame. O concurso
aprovou ainda 289 investigadores, 166 escrivães e 19 papiloscopistas,
empossados na última semana, que já estão atuando no interior do Estado.
A formatura ocorreu no dia 26 de fevereiro, durante
cerimônia realizada no Teatro Maria Sylvia Nunes, na Estação das Docas, após
quatro meses de formação técnica e profissional na Academia de Polícia Civil
(Acadepol).
O curso foi o primeiro do Brasil a incluir sete disciplinas
inéditas: oratória; atuação policial frente aos grupos vulneráveis;
relacionamento com a imprensa e mídias sociais; abordagem psicopatológica do
crime e da violência; investigação financeira no enfrentamento ao crime de
lavagem de dinheiro; noções básicas de enfrentamento às fraudes veiculares e
Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Esse foi o segundo concurso público feito em menos de quatro
anos na Polícia Civil. Em 2014, ingressaram 386 novos policiais - 146
delegados, 90 escrivães, 131 investigadores e 19 papiloscopistas.
Conquista - “Essa é uma conquista para a instituição, para o
Estado e para o povo paraense. A partir de agora vamos alcançar a mesma
condição que chegamos em 2014, onde todos os municípios do Estado do Pará terão
um delegado de polícia. Esta é uma condição ímpar e muito importante, pois a gente
sabe da importância do trabalho que a polícia desenvolve, principalmente no
interior do Estado”, destacou o delegado Rilmar Firmino.
Ele falou ainda sobre a renovação do efetivo possibilitada
pelos últimos concursos. “Hoje, um terço do nosso efetivo, de pouco mais de 3
mil policiais, tem menos de quatro anos,
graças aos dois concursos públicos que o governador Simão Jatene
realizou em sua gestão. Nesse período conseguimos ingressar na Polícia Civil
1.016 agentes. Nenhum estado da Federação conseguiu esse feito”, assegurou
Rilmar Firmino.
Por Lidiane Sousa
Agência Pará
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