Vara Criminal de Santarém ouve 28 réus da Operação Perfuga

Rômulo Brito, titular da 2ª Vara Criminal: oitiva.
O processo de número 0004468-91.2017.8.14.0051, que tramita na 2ª Vara Criminal e apura o crime de Peculato que teria sido cometido pelo ex-vereador e ex-presidente da Câmara Municipal, Reginaldo da Rocha Campos e outras 27 pessoas, entra em sua penúltima fase antes da prolatação da sentença. Nesta segunda-feira, 19, começam as oitivas dos 28 réus após serem ouvidas mais de 120 testemunhas de Acusação e Defesa, desde dezembro de 2017. O juiz Rômulo Nogueira de Brito é quem conduz o processo, que apura um esquema de facilitação de consultas em troca de apoio eleitoral, entre outros crimes.

O primeiro réu a ser ouvido será o ex-vereador, que já fez uma Colaboração Premiada (CP) no final do mês passado, quando confessou a maioria dos crimes e se comprometeu devolver valores acima de um milhão de reais, a partir da venda de um imóvel de sua propriedade. Esses valores deverão ser aplicados na área da saúde do município, de acordo com pacto firmado entre o MP, Prefeitura e Câmara Municipal, ao invés de serem devolvidos ao Legislativo.

Réus - A gravação da CP realizada em janeiro será apresentada durante a audiência pelos promotores de Justiça que atuam no caso, Maria Raimunda da Silva Tavares, Rodrigo Aquino Silva e Lilian Regina Furtado Braga. Além de Reginaldo, serão ouvidos, a partir desta segunda-feira, outros 27 réus no processo: Alcimar Reis Gomes, Andrew Oliveira da Silva, Andreza Cristina Ribeiro Dias, Ardilene Cunha Lisboa, Edvanice Pedroso Fernandes, Elaine Vitor do Amaral, Eli da Cruz Silva, Esequiel Aquino de Azevedo, Ester Vinente Silva, Iana Socorro Benzaquem Guilherme, Ismael da Rocha Silva, Jaqueline Pedroso de Almeida, João Gonzaga Pinto de Almeida, José Carlos Lima Lopes, Leonardo Oliveira de Aguiar, Mara Cristiany Rodrigues Spinola, Maria do Socorro Souza de Moura, Mário Francisco Fialho Cabral, Mary Glaucy Brito Chianca Neves, Patrícia Norma Silva Costa, Pedro Valdinei Santos da Cunha, Raquel da Costa Pinto, Roseane Francisca Maciel Ferreira, Samuel da Conceição Fernandes, Sarah Campinas dos Santos de Oliveira, Vania Lúcia Fialho Cabral e Wilson Luiz Gonçalves Lisboa.

O processo começou em agosto de 2017, quando várias pessoas foram presas ou conduzidas coercitivamente. Agora, somente Reginaldo continua preso, já que na semana passada, após o fim das oitivas das testemunhas, o juiz Rômulo Brito soltou a ré Sarah Campinas, acusada de ser a ponte do esquema com hospitais e atuar como servidora “fantasma” na Câmara. Ela encontra-se doente e por falta de condições de assistência médica na penitenciária, foi liberada. O mesmo ocorreu com o advogado Wilson Lisboa e o contador Andrew Silva, sendo que este último também fez uma CP, que já está tendo impulsionando o desdobramento de outras fases da Operação Perfuga. Uma parte da CP de Reginaldo, ainda em sigilo, deve apontar outras pessoas a serem investigadas por fraudes na Câmara, nos próximos meses.

A intenção do magistrado é encerrar, até o final de fevereiro, os interrogatórios, para que em março comece a apresentação das alegações finais de Acusação e Defesas, para em seguida ser dada a sentença.




Fonte: Coordenadoria de Imprensa/TJPA

Jota Ninos

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