Livro escrito por estudantes reúne as memórias tradicionais de Juruti

A ideia inicial era atrair o interesse de jovens estudantes do Ensino Médio para uma pesquisa sobre o patrimônio histórico de Juruti como parte das ações de responsabilidade social da Alcoa. Mas o Programa de Educação Patrimonial, desenvolvido pela Alcoa em parceria com a Scientia Consultoria Científica, resultou numa série de atividades positivas voltadas para a preservação do patrimônio histórico e cultural do município onde a empresa mantém operações de mineração de bauxita. Uma delas foi o projeto do estágio científico Memórias de Rua, desenvolvido entre 2009 e 2015, com a participação ativa de 40 jovens com idade entre 15 e 20 anos, estudantes das escolas públicas de Juruti. O trabalho resultou no livro Memórias de Rua - As vivências e as visagens históricas de Juruti, lançado no último dia 18. A obra faz uma viagem histórica por três bairros da cidade, com registros das memórias de antigos moradores, numa trajetória repleta de contos, informações e vivências de personalidades da região.

A secretária de Cultura de Juruti, Ariadne Lima, aplaudiu a iniciativa. “É muito importante que possamos registrar o nosso cotidiano, principalmente nesse período que nós estamos vivenciando uma profunda transformação na sociedade. É importante valorizar o que foi feito no município, o modo como nós vivemos e isso só pode ser feito através de registro. Esse livro é o primeiro registro do povo de Juruti, não só voltado especificamente para Juruti, mas também escrito pelo povo daqui. Então se reveste de uma importância tremenda, pois servirá como base de pesquisa para muitos e muitos estudantes”, salientou.

Presente ao lançamento, o gerente de Recursos Humanos e Assuntos institucionais da Alcoa Juruti, Rogerio Ribas, destacou a importância do investimento da empresa no projeto. “Todas as iniciativas que desenvolvemos com a comunidade são importantes para o município. Mas, este trabalho, em especial, representa a valorização das tradições de Juruti, e todo o respeito da Alcoa sobre a memória e patrimônio histórico do município. O livro vai servir não só para a geração atual, mas será um registro perene que vai ajudar a contar a história de Juruti com riqueza de detalhes. Ficamos realmente orgulhosos com este projeto que, além de tudo promoveu a aproximação e o relacionamento valoroso entre gerações, entre os jovens estagiários e os idosos que foram entrevistados”.

Na fase de elaboração do livro, os jovens receberam orientação de especialistas do programa e assumiram a responsabilidade de identificar os moradores mais antigos e os pioneiros de cada rua da parte mais central da cidade de Juruti e entrevistá-los para o registro de suas memórias. Depois, cada entrevista foi transcrita e catalogada, reunindo fotografias, muitas cedidas dos acervos dos entrevistados, e documentos históricos. Somente depois de tudo isso, os históricos das ruas, travessas e becos foram escritos. Para a coordenação do projeto, os autores do livro trouxeram fortes contribuições para sua terra natal.

Um dos autores, o jovem Richard Santos, hoje com 23 anos e presente ao lançamento do livro, reconheceu a importância do trabalho dele e de seus colegas para a história da cidade. “Esse livro pra mim é algo que simboliza muito, pois esse trabalho me ajudou bastante a crescer profissionalmente. Agora, percebo claramente que nosso trabalho foi realmente importante conseguindo recuperar as histórias antigas da cidade, nossas origens, nossa cultura”, declarou.

A historiadora Ana Lúcia Batista Pereira, que orientou os estudantes no trabalho de pesquisa, considerou a obra de extrema importância para o município de Juruti. “Nossas memórias na mente podem se apagar. Se você as escreve, você guarda para gerações futuras. Como historiadora, eu achei esse livro o máximo, visto que seu conteúdo vai se perpetuar para que as futuras gerações conheçam o que ainda está em nossa memória. Eu acho que é muito importante a gente preservar esse patrimônio e contribuir ainda mais para o crescimento do nosso município”, conclui.


Fonte: 
Ascom Alcoa

José Ibanes/  joseibanes@gmail.com

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