Reginaldo Campos: corrupção e fraudes. |
Reginaldo teria criado um esquema
de corrupção para se privilegiar politicamente, mas em detrimento do patrimônio
e dinheiro público quando à frente da presidência do legislativo santareno.
A operação, explica o delegado
Gilberto Aguiar, titular da Superintendência, explica que o nome foi escolhido
porque os investigados são, em maioria, funcionários públicos que firmaram que
compromisso de bem servir à sociedade, mas abandonaram essa função, quando
passaram a agir em interesse próprio. Entre os presos preventivamente, está o vereador
Reginaldo Campos e a técnica em Enfermagem Sarah Campinas, acusados de fazer
parte do esquema. Foram decretados pela Justiça de Santarém, seis mandados de
prisão preventiva, dois de prisão temporária, 5 mandados de condução coercitiva
(quando a pessoa é obrigada por ordem judicial a acompanhar autoridade policial
para prestar depoimento e depois é liberada) e 25 mandados de busca e
apreensão.
Entre os locais em que foram
realizadas buscas e apreensões, detalha o delegado, estão a sede da Câmara
Municipal de Santarém e a sede da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa)
em Santarém, e ainda uma sala do Hospital Regional, onde funciona o Setor de
Regulação da Sespa. "Estima-se que os prejuízos aos cofres públicos seja
de aproximadamente R$ 1 milhão", explica o policial civil. As
investigações mostraram que as pessoas da comunidade procuravam o parlamentar
na Câmara Municipal de Santarém para solicitar a facilitação de agendamentos de
consultas e exames na rede pública de Saúde.
Assim, essas pessoas eram
encaminhadas para a técnica de Enfermagem, que atua no Setor de Regulação da
Sespa. Ela ficava responsável em providenciar o agendamento por meio de outros
servidores públicos do mesmo Setor. Ela, segundo as investigações, recebia as
demandas encaminhadas pelo vereador e em troca recebia uma remuneração mensal
paga pela Câmara Municipal de Vereadores de Santarém. "Os valores eram
pagos de forma ilegal sem qualquer prestação de contas do Serviço
Público", detalha.
No decorrer das investigações,
detalha o delegado, foram identificadas outras pessoas por envolvimento no
esquema, no qual apareciam como "funcionários fantasmas". "Essas
pessoas recebiam uma remuneração da Câmara sem a devida prestação de
contas", explica. Entre as pessoas identificadas como "funcionários
fantasmas" estão advogados e pessoas ligadas a lideranças comunitárias ou
líderes religiosos. "O inquérito policial apura crimes de peculato (quando
o servidor público subtrai dinheiro público para uso próprio), falsificação de
documento público, corrupção e associação criminosa", explica o policial
civil.
Segundo o delegado Gilberto
Aguiar, outros servidores públicos ligados à Câmara Municipal também
concorreram para a prática de crimes de peculato e tentaram prejudicar as
investigações, falsificando documentos e prestando informações falsas durante o
inquérito policial. Além disso, ressalta o delegado, os acusados autorizaram e
efetivamente procederam a contratações e pagamentos dos "funcionários
fantasmas", mesmo com conhecimento de que não seria feita a prestação de
contas obrigatória do dinheiro público pago. As investigações para apurar o
esquema de corrupção no município continuam.
(Com informações da Ascom/Polícia
Civil)
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