Produtores da região
de Planalto e Lago de Juruti, no oeste do Pará, acabam de lançar a Cooperativa
de Trabalhadores da Agricultura Familiar (Cooafajur), na sede do Sindicato dos
Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Juruti. Os 29 cooperados integram o
Programa de Agricultura Familiar da Alcoa, desenvolvido em parceria com o
Instituto Vitória Régia (IVR), estimula sete atividades e beneficia cerca de
200 famílias.
A Cooperativa
pretende fortalecer a agricultura familiar no município, aproveitando o
potencial econômico da região. “A gente vai poder emitir nota e fazer a
comercialização dos nossos produtos no município. Vai facilitar para recebermos
o dinheiro, fazer o comércio e vender o produto, além de possibilitar
parcerias”, explica Amadeu Henrique de Souza, presidente da Cooafajur.
Durante este ano,
produtores de Juruti, onde a Alcoa atua com uma mina de bauxita, receberam
capacitação por meio de oficinas de boas práticas de cultivo de hortaliças,
produção de mudas, bovinocultura e piscicultura. Esta última foi realizada em
outubro e atendeu 14 comunidades que trabalham com pescado. “O objetivo principal
é capacitar os produtores para melhorar o manejo da piscicultura e com isso
agregar mais valor à atividade, e produzir com mais qualidade e rentabilidade”,
pontua Sheyla Oliveira, coordenadora do Instituto Vitória Régia.
Programa de Agricultura Familiar – Além do apoio de
assistência técnica e das oficinas ministradas, os comunitários receberam ainda
capacitação de empreendimentos coletivos. As atividades fomentadas no município
foram selecionadas por meio de diagnóstico participativo, em que foi observada
a necessidade das comunidades, com orientações e esclarecimentos sobre as
cadeias produtivas. O Programa de Agricultura Familiar saltou, nos últimos três
anos, de três atividades para sete: horticultura, piscicultura, produção de
mudas, meliponilicultura, avicultura, Sistema Agroflorestal Sustentável e
manejo de bovinos.
“Tivemos grandes
resultados depois das oficinas. Por exemplo, em boas práticas de hortaliças, os
produtores agora têm mais conhecimento sobre o adubo orgânico e os inseticidas
naturais. Na produção de mudas, passaram a ver a atividade como negócio
rentável. O Sistema Agroflorestal Sustentável contribuiu para que o produtor
tenha mais responsabilidade com o meio ambiente”, destaca a coordenadora.
“O programa inseriu os produtores em novos
mercados, possibilitou acesso a conhecimentos técnicos e oportunidades de
geração de renda”, ressalta Viviane Penna, analista de Sustentabilidade da
unidade da Alcoa em Juruti. Houve ainda aumento de culturas de produção para
subsistência e segurança alimentar, anteriormente baseada na monocultura da
farinha. Os produtores foram inseridos em novos mercados, com apresentação e
orientação de oportunidades, e o senso de comunidade foi fortalecido a partir
do lançamento da cooperativa.
Ascom Alcoa
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