Jatene e Helder decidem eleição no segundo turno no Pará



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Os candidatos Simão Jatene (PSDB) e Helder Barbalho (PMDB) vão decidir o segundo turno das eleições para governador no Pará. Com 100% das urnas apuradas, Jatene teve 48,48% dos votos válidos e Helder Barbalho, 49,88%. A confirmação de que os candidatos se enfrentarão no dia 26 de outubro saiu por volta das 22h50 da noite deste domingo (5). A apuração dos votos válidos mostrou uma disputa acirrada entre os dois, como há muito não se via no Pará.

A diferença de votos entre eles oscilou em torno de 48 mil votos no final da apuração. As últimas urnas apuradas foram das cidades de Baião, Capitão Poço, Goianésia do Pará, Itaituba e Itupiranga. Jatene teve 1.745.442 milhões de votos contra 1.795.992 milhões de Helder Barbalho. A diferença de votos foi de 50.550 mil. Os votos brancos totalizaram 3,30%, os nulos 8,71% e as abstenções 21,10%.

A definição dos candidatos que vão ao segundo turno no Pará fecha um dia intenso. O representante do PSDB votou por volta das 11h30 no Núcleo de Esporte da Seduc, em Belém. Ele ressaltou a ética como a marca de sua campanha. Jatene foi muito assediado na fila para votação e acabou deixando o lugar para 'não causar tumulto em um local que deve ser de tranquilidade'. O candidato à reeleição levou menos de dois minutos para votar.

Já o candidato do PMDB, Helder Barbalho, votou na escola Dom Alberto Gaudêncio Ramos, no bairro do Paar, em Ananindeua. Como Jatene, Helder escolheu o fim da manhã para votar. Ele chegou ao local acompanhado do agora senador eleito, Paulo Rocha (PT), da esposa, filhos e da mãe, Elcione Barbalho, que também concorreu à Câmara Federal. 'Estou muito esperançoso. Vamos rumo à mudança e à vitória para mudar a realidade deste estado', disse. Os dois acompanharam a abertura das urnas junto com familiares.

Crime eleitoral

Trinta e cinco pessoas foram presas pela Polícia Federal por boca de urna na região metropolitana de Belém. As detenções aconteceram nos bairros da Pedreira, Cidade Nova, Cidade Velha, Marco, Cremação, Condor e São Braz. Seis adolescentes também foram apreendidos por participação no crime de boca de urna. Eles foram encaminhados para a Divisão de Atendimento ao Adolescente. Segundo a assessoria de comunicação da Polícia Civil, os detidos maiores de idade foram ouvidos e liberados logo depois.

A Secretaria de Segurança do Pará registrou a prisão de 100 pessoas pela Polícia Civil. O secretário adjunto, major Mário Solano, informou que o número ficou abaixo do que foi projetado pelo órgão. Em Parauapebas, a polícia apreendeu R$ 40 mil em dinheiro vivo. O valor seria usado para compra de votos.

O Ministério Público Eleitoral no Pará recebeu 1 mil denúncias eleitorais durante o dia. Foram feitas 75 prisões por crime eleitoral no Estado. O procurador regional eleitoral, Alan Mansur, destacou o papel do aplicativo de mensagens WhatsApp, por meio do qual foi enviada a maioria das denúncias recebidas hoje. A compra de votos foi o crime mais denunciado pelos eleitores via WhatsApp.

Mansur destacou que o número de denúncias, apesar de alto, já era esperado pela procuradoria eleitoral devido a proporção das eleições no Estado.

Votos anulados

Muitos eleitores se surpreenderam ao verificar a porcentagem zerada dos candidatos Marco Carrera (PSOL) e Marco Antônio (PCB) no sistema de apuração do Tribunal Superior Eleitoral. No caso de Carrera, os votos computados apareceram como zerados porque a candidatura foi impugnada por faltar um documento necessário para o deferimento do registro. Os votos atribuídos a ele passam a ser segredo de justiça até que a situação seja definida pelo Tribunal Regional Eleitoral.

Já os votos para o candidato Marco Antônio (PCB) foram considerados nulos porque a candidatura dele foi cancelada também por falta de documentação para o registro. O candidato recorreu da decisão, que transitou em julgado - quando não é mais possível recorrer da decisão judicial.

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