PMDB do outro lado do balcão

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Frente ao espelho é ver a si próprio. Nestas eleições, o PMDB terá que lidar com o fato de estar numa posição oposta a que sempre estava acostumado: a de pagar a fatura.

Acostumado a pedir em troca de apoio coisas que na política mais parecem um prêmio da mega sena em nosso mundo imaginário, a sigla terá que concordar, por exemplo, com a entrega de seis secretarias ‘de ponta’ ao Partido dos Trabalhadores.

Outrossim, terá que aceitar a imposição de coligação na proporcional com o PT. Tanto para deputado estadual quanto para federal. A presidência da Assembleia Legislativa do Pará também é algo a se pensar.

Acostumado a pedir e a se vangloriar de ser responsável por sucessos em eleições, o PMDB ouvirá o que costumava falar e terá que empenhar a “palavra”.

Também acostumado a estar sempre ao lado do governo devido às barganhas adquiridas pelo seu “poder de votos”, o PMDB pode por em risco esse “poder” mediante a negociação que fará para alçá-lo ao topo do governo.

Para mudar de cadeira, terá que deixar a que estar sentado, cedendo o lugar a outro partido. Movimentação que também põe em risco a perpetuação de quadros regionais.

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