UFOPA: quatro anos interiorizando o ensino superior na Amazônia



Criada pela Lei nº 12.085, de 5 de novembro de 2009, a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) completou ontem, dia 5 de novembro de 2013, quatro anos de existência. Criada sob a égide de ser a primeira universidade pública federal sediada no interior da Amazônia, tem com missão “produzir e socializar conhecimentos, contribuindo para a cidadania, inovação e desenvolvimento na Amazônia”.

Conforme Estatuto, aprovado este ano pelo MEC, a UFOPA “tem por finalidade precípua a educação superior voltada à produção de conhecimento filosófico, científico, artístico e tecnológico, integrado no ensino, na pesquisa e na extensão, tendo em vista o pleno desenvolvimento do ser humano, a formação de cidadãos qualificados para o exercício profissional e empenhados em iniciativas que promovam o desenvolvimento da sociedade em bases sustentáveis”.

Dotada de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, asseguradas pela Constituição Federal, a UFOPA é uma universidade multicâmpus, com sede em Santarém e atuação nos municípios de Alenquer, Itaituba, Juruti, Monte Alegre, Óbidos e Oriximiná, principalmente no âmbito do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR). “Trata-se de um dos maiores desafios realizados neste país, só possível de ter sido executado devido ao apoio do Governo Federal. O estado do Pará é o maior executor nacional do Plano”, afirma o reitor da UFOPA, José Seixas Lourenço.

Ainda segundo Lourenço, “a UFOPA vem sendo considerada referência pela qualificação dada aos seus 3.500 alunos-professores matriculados no PARFOR em todos os municípios onde atuamos. Estamos dando prosseguimento às negociações com as prefeituras para a cessão dos terrenos para a construção dos vários câmpus da Universidade”.

Neste mesmo período, a UFOPA já deu acesso a quase 5.000 alunos em seus programas regulares e, já no próximo ano, outros 1.200 jovens estarão entrando na universidade, iniciando um percurso acadêmico sob o conceito da Educação Continuada nos vários cursos ofertados, por meio de uma Formação Geral inicial, prosseguindo na Formação Profissional e na de Pós-graduação. “Hoje, já temos vários cursos de pós-graduação sendo ofertados, sendo 10 especializações latu senso, cinco mestrados e dois doutorados, e estamos caminhando para aprovação do terceiro, uma marca que as universidades mais tradicionais do país levaram décadas para alcançar”, comemora Lourenço.

Em quatro anos a UFOPA ampliou de forma considerável suas instalações físicas, com a inauguração, já em 2011, de um prédio de salas especiais no Campus Tapajós, e outro de quatro andares, inaugurado este ano no Câmpus Rondon, para o funcionamento do Instituto de Ciências da Educação (ICED). Com quatro pavimentos e 4.300 m² de área construída, o prédio possui 12 salas de aula; três salas de professores com 72 estações de trabalho e dez salas de orientação; além de diversos laboratórios de ensino e de pesquisa, como de Biologia, Química, Física, Línguas, Informática, entre outros.

A aquisição de duas fazendas, uma para os programas do Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas (ICTA) e outra para os do Instituto de Biodiversidade e Florestas (IBEF) integram o esforço da Administração Superior da universidade em prover a instituição de condições para uma formação de excelência.

Como parte integrante dos programas de assistência ao estudante, a UFOPA iniciou o processo de construção do Restaurante Universitário (RU) com a finalidade de fornecer aos alunos, técnicos e professores um serviço de qualidade, refeições balanceadas e higiênicas, contribuindo para a melhoria da saúde e qualidade de vida da comunidade acadêmica.

De acordo com o projeto de implantação, o Restaurante Universitário terá dois refeitórios, cada um com aproximadamente 375 lugares, o que possibilitará o atendimento de aproximadamente 6.000 mil usuários por dia, divididos em dois turnos, e está orçado em cerca de 7,5 milhões de reais.

Outra iniciativa de destaque é a implantação do Parque de Ciência e Tecnologia do Tapajós, em parceria com o Governo do Estado e apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), que representa um dos mais relevantes empreendimentos para a Amazônia na área de CT&I. O PCT Tapajós visa a desenvolver ações voltadas à criação, aceleração e consolidação de empreendimentos inovadores, bem como ao desenvolvimento de produtos e processos de alto valor agregado nas áreas tecnológicas. Com 11 mil metros quadrados de área, o Parque terá uma incubadora e um condomínio de empresas de base tecnológica.


A Reitoria da UFOPA também já propôs ao Ministério da Educação (MEC) a criação de um novo instituto, o de Saúde Coletiva, que inicialmente deverá ofertar os cursos de graduação em Medicina e Odontologia, além do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde Coletiva. A ação tem como base a Política Nacional de Expansão de Escolas Médicas das Instituições Federais de Educação Superior (IFES), instituída pelo MEC, e no estímulo recebido da Secretaria de Regulação e Supervisão do Ensino Superior (Seres). “O projeto pedagógico do Instituto de Saúde Coletiva da UFOPA terá como componente central o atendimento ao Sistema Único de Saúde (SUS), com objetivo de melhorar as ações de saúde na região”, destaca Lourenço.

Em reconhecimento de sua atuação na implantação e consolidação da UFOPA e por sua extensa carreira em defesa da ciência na Amazônia, o reitor da UFOPA foi escolhido a Personalidade Amazônica nos Prêmios Professor Samuel Benchimol e Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente 2013, premiações anuais instituídas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e pelo Banco da Amazônia, com apoio da Confederação Nacional da Indústria e do Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa. Na edição 2011, o Centro de Formação Interdisciplinar (CFI) da UFOPA foi premiado com o 1º lugar na categoria Suporte ao Desenvolvimento Regional.

Seixas Lourenço atribui a escolha de seu nome ao trabalho como gestor de instituições da região, levando em consideração a dimensão amazônica dos prêmios. Ele foi diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA) e presidente-fundador da Associação de Universidades Amazônicas (Unamaz) e, desde 2009, é reitor pro tempore da UFOPA.

Comunicação/UFOPA

5/11/2013

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