O Ministério Público Federal (MPF) teve que pedir à Justiça
Federal a expedição de mandado de busca e apreensão de documentos para que um
hospital entregasse resultados de exames médicos necessários à realização de
uma cirurgia de emergência no último sábado, 2 de novembro, em Belém. O MPF
abriu investigação para verificar quem são os responsáveis por dificultar o
acesso aos exames, que só foram liberados na presença de policiais federais e
oficiais da Justiça Federal.
O impedimento de acesso aos documentos foi comunicado ao
procurador da República Bruno Araújo Soares Valente pela família de uma
paciente diagnosticada com aneurisma cerebral. Para que a paciente pudesse
passar por cirurgia, eram necessários os resultados de uma angiotomografia que
estavam em posse do hospital Layr Maia, da empresa Hapvida Saúde.
A família tentava conseguir os documentos desde o dia
anterior, 1º de novembro. Apesar da necessidade urgente dos documentos,
funcionários do hospital alegaram dificuldades administrativas para entregar os
exames à família da paciente.
Após várias tentativas de contato com funcionários do
hospital, no sábado de manhã a informação que os familiares receberam foi a de
que só na segunda-feira, dia 4, seria possível a liberação do material
Em depoimento ao MPF, os familiares disseram que
funcionários do hospital chegaram a alegar que não seria possível conseguir as
chaves da sala onde estavam os exames porque a responsável pela guarda das chaves mora longe do hospital.
Informado sobre a situação, o procurador da República foi ao
hospital para pedir pessoalmente a entrega dos exames, e também não foi
atendido. Soares Valente então recorreu à Justiça Federal. O mandado de busca e
apreensão foi cumprido por oficiais de Justiça e policiais federais.
Ministério Público Federal no Pará
Assessoria de Comunicação
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