Agente da Polícia Federal é preso em Altamira



O agente da Polícia Federal Humberto L. de O. foi preso em flagrante, nesta segunda-feira (23), acusado de agredir um médico no município de Altamira, sudoeste paraense. De acordo com a polícia, o agente teria dado um soco no rosto do médico Fabiano C. por causa de ciúmes.

Segundo informações da polícia, após as festas do domingo de Carnaval, Humberto foi até uma lanchonete com a namorada. No local, Fabiano teria assediado a namorada de Humberto e este teria reagido com a agressão. A Polícia Militar foi acionada e precisou intervir na briga.

De acordo com testemunhas, Humberto parecia estar embriagado. No momento da prisão, o agente ameaçou um vereador do município - irmão da vítima-, além de ter desacatado os policiais. 'Ele disse que era policial federal e não poderia ser preso, resistindo à prisão', contou o delegado Luiz Nicácio, da Superintendência Regional do Xingu. Ele também teria ameaçado as pessoas que estavam na lanchonete com uma pistola. A arma de fogo foi apreendida pela Polícia Civil.

O médico agredido está internado no Hospital Regional da Transamazônica, em Altamira. Ele já foi submetido ao exame de corpo de delito e deve passar por uma cirurgia ainda hoje, pois teve ossos da face fraturados. O delegado Luiz Nicácio informou que vai solicitar o exame toxicológico de Humberto, para verificar se o agente estava embriagado.

O agente federal está preso na Superintendência Regional do Xingu à disposição da Justiça. Ele vai responder por lesão corporal grave, ameaça e desacato. Humberto deve ser transferido em breve, pois tem curso superior. 'Não temos cela especial para estes casos aqui em Altamira. Por isso, aguardamos a disponibilização de uma vaga pela Susipe', disse o delegado Nicácio.

De acordo com o delegado da Polícia Federal Jorge Eduardo, o procedimento administrativo disciplinar já tem autorização para ser instaurado. 'A PF aguarda apenas a conclusão da confecção do auto de flagrante da Polícia Civil, para com base nas informações do TCO, abrir o procedimento, que pode ou não culminar com o afastamento do servidor', explicou o delegado.
Portal ORM

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