Atraso nos salários provoca greve na rede municipal de ensino em Prainha

CRISE
Negociações estão interrompidas entre o prefeito e os servidores


PRAINHA
Alailson Muniz
Agência Amazônia

Os professores da rede municipal de Prainha, no oeste paraense, estão em greve desde segunda-feira, por atraso no pagamento dos salários dos trabalhadores da educação lotados nas comunidades ribeirinhas e nas colônias. Outro motivo é a falta de pretação de contas dos recursos do Fundef e do Fundeb de 2005 a 2008, além de supostas ameaças e perseguições a servidores prefeito do município.

Antes da paralisação, o Ministério Público chegou a recomendar o pagamento dos salários atrasados de todos os servidores da cidade. O Prefeito Joaquim Nunes (PSDB) pagou apenas os servidores que estão a serviço da Justiça Eleitoral. Os salários estão há mais de quatro meses em atraso.

Os professores sofrem constantes ameaças na cidade. Segundo eles, após a deflagração da greve, as ameaças se acentuaram ainda mais. 'Tanto que na escola Pretextato, a diretora Adelite Furtado de Araújo e a vice-diretora Abnilce Bruce Taveira chamaram a polícia para prender os professores que estão em greve, na tentativa de impedir que os mesmos convencessem os demais colegas a aderirem à greve', explica Isaac Dias, coordenador geral da Regional Oeste do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp).

A partir do incidente, os professores, por precaução, solicitaram a permanência de proteção policial para evitar confronto entre os correligionários do prefeito e os grevistas, que são cerca de 300. As negociações estão paradas porque o prefeito não está na cidade, mas em sua chácara, na comunidade de Boa Vista do Cuçari, e não foi encontrado pela reportagem.
Fonte: OLIBERAL

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