Grupo isolado de indígenas é descoberto ao migrar do Pará

Um grupo de 87 índios que até então permaneciam isolados foi contactado na Terra Indígena Capoto/Jarina, no Estado do Mato Grosso. Segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai) de Brasília, os índios são da etnia Kaiapó e pertencem à tribo Metyktire (pronuncia-se Metutire). O grupo seria proveniente da Terra Indígena Menkragnoti, no Estado do Pará, quase na divisa com o Mato Grosso, e teria viajado durante seis dias por mata fechada até a nova área.
Uma missão da Funai, incluindo um especialista do órgão e o líder indígena Megaron Txucarramãe (administrador regional da Funai responsável pela região), foi enviada ao local para realizar o primeiro contato e realizar atendimento preventivo necessário. A área foi determinada como de acesso restrito. De acordo com a assessoria de imprensa da Funai, os índios estão bem, tanto que uma criança já nasceu na nova aldeia. Eles agora passarão por avaliações médicas de técnicos da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
Os índios chegaram na semana passada à nova aldeia, na região do baixo Xingu, tribo do cacique Raoni, de quem seriam parentes. Não se sabe o que os levou a migrarem da sua região de origem, a Terra Indígena Menkragnoti, uma área demarcada e protegida desde 1993 e composta por 4,9 milhões de hectares. Mas a Funai presume que eles possam ter sido acuados por algum tipo de perseguição e pelo avanço da ação dos homens brancos.
A Funai está observando a aproximação do grupo com a aldeia Kapôt. Segundo Megaron, os índios isolados mostraram interesse em viver com a comunidade. 'Eles são altos, fortes, cabelos compridos até as nádegas e sete possuem botoque', descreve Megaron que revela, ainda, o nascimento de uma criança já na aldeia Kapôt.
Fonte: O Liberal

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