Professores e técnicos da UFPA fazem paralisação de 24 horas

A Universidade Federal do Pará (UFPA) vai amanhecer sem aulas na próxima quarta-feira, 23 de maio. Os professores e os servidores técnico-administrativos da instituição vão paralisar suas atividades por 24 horas, para forçar o governo federal a abrir as negociações em torno da pauta de reivindicações apresentada pelo conjunto dos servidores federais há mais de dois meses.
As reivindicações foram protocoladas na Casa Civil no dia 15 de março, mas até hoje o governo ainda não se dispôs a negociar com a categoria. “Estamos dispostos a dialogar, mas infelizmente o governo demonstra desinteresse por nossas reivindicações”, afirmou a diretora-geral da Associação de Docentes da UFPA (Adufpa), Vera Jacob.
Durante a paralisação, os professores da UFPA, juntamente com as demais categorias do serviço público federal, farão um protesto nas ruas de Belém. A manifestação sairá por volta das 9 horas da Praça Santuário – antigo CAN – em direção ao prédio do Ministério da Fazenda.
Além de exigirem a abertura imediata das negociações, os docentes reivindicam a retirada de pauta do PLP 01/2007, que integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e limita as despesas com pessoal à taxa da inflação, determinando um congelamento salarial para a categoria nos próximos dez anos.
Os professores exigem, também, a retirada de pauta do projeto de lei que regulamenta o direito de greve. Para a diretoria da ADUFPA, a proposta é problemática, pois impõe uma série de limites aos movimentos, garantindo, inclusive, a possibilidade de contratação de servidores temporários para substituir os grevistas.
A paralisação do dia 23 de maio não deverá atingir somente a UFPA. Servidores do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), do Ministério da Saúde, da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) também decidiram paralisar suas atividades, além dos funcionários do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Ministério da Cultura que já se encontram em greve.
Fonte: Adufpa

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