Trabalhadores madeireiros fazem protesto em Altamira

Os trabalhadores do setor madeireiro de Altamira vão organizar um ato público, nesta terça-feira, dia 18 de abril, em frente à Câmara Municipal, em favor dos empregos gerados pela principal atividade econômica da região. A categoria espera conquistar o apoio do prefeito, vereadores, comerciantes, estudantes e sociedade em geral. Eles protestam contra a crise do setor florestal no Pará, ocorrida, segundo eles, “devido à não liberação dos planos de manejo pelo governo do Estado e a conseqüente falta de matéria-prima legal para trabalhar”, que “tem causado inúmeras repercussões econômicas e sociais nos municípios pólos da produção madeireira. Além da classe empresarial, que vem se manifestando perante a opinião pública nas últimas semanas”.

A programação não se encerra em Altamira. Na quarta-feira, os trabalhadores de outras cidades - já estão confirmadas Paragominas, Jacundá, Tomé-Açu, Tucuruí, Goianésia, Breu Branco, Tailândia e Novo Progresso - organizados pela Federação dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário do Pará e Amapá (Fetracompa) e seus mais de 30 sindicatos filiados, também farão atos públicos simultâneos. A mobilização do interior do Estado culminará com a audiência pública na Assembléia Legislativa em Belém, na quinta-feira, dia 19 de abril, a partir das 9h. A sessão foi fruto de requerimento do presidente da Casa, deputado estadual Domingos Juvenil (PMDB).
“O que eu observo é que não querem enfrentar o problema de frente. Fizemos várias reuniões com os órgãos públicos, mas não deu em nada. Os planos de manejo não são liberados, as empresas são obrigadas a fechar as portas, os trabalhadores são demitidos. Somos a favor do uso racional da riqueza florestal como fonte de geração de emprego para esse povo que hoje está sem perspectiva”, afirma Agnaldo Alcântara, presidente da Federação dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário do Pará e Amapá (Fetracompa).
Segundo ele, os trabalhadores, empresários e políticos do interior do Pará já estão bastante preocupados com o desemprego gerado pela crise no setor produtivo florestal. “Não temos dados de desemprego, mas sabemos que é muito grande. A falta de ação do governo está emperrando a produção madeireira. O governo tem tudo para resolver o problema”. Muitos trabalhadores já perderam seus empregos e suas famílias estão ficando em situação de risco. “Precisamos nos unir para defender o nosso direito de trabalhar e de contribuir para o desenvolvimento do Estado”, afirma Alcântara

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