Lideranças denunciam Incra e pedem intervenção do MPF

Uma comitiva formada por lideranças do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Serra Azul, localizado a 105 km do município de Monte Alegre, oeste do Estado, esteve no Ministério Público Federal (MPF) em Santarém, onde entregou ao procurador Felipe Fritz Braga um documento contendo uma série de denúncias contra o gerente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de Monte Alegre, João Evangelista da Fonseca.

Acompanhada pelo procurador jurídico da cidade, o advogado Salin Sadala, e pelo vereador Arinos Brito Chaves, o grupo também informou que vai pedir uma intervenção do MPF na unidade do Incra. Eles acusam João Evangelista de ter fechado um contrato com a empresa madeireira Agroindustrial Florestal Serra Azul Ltda. O acordo permitiria que a empresa realizasse a divisão dos lotes da área do assentamento e, em troca, como pagamento, receberia toda a madeira extraída da área. A informação teria sido descoberta por Marcelino Gregório, uma liderança do assentamento.

Os assentados estão revoltados e pedem que o suposto contrato seja anulado. 'O contrato prejudica todos os produtores e nós queremos que os órgãos competentes tomem providência. A madeireira está desmatando a área. O Incra está em conluio com a madeireira', acusa o presidente da Associação dos Produtores Rurais do PDS Serra Azul, Lúcio Barbosa da Mota.

Os assentados também protocolaram as denúncias na Superintendência da Polícia Federal e na gerência executiva do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama). A prefeitura foi acionada pelos assentados e ficou sensibilizada com a falta de infra-estrutura do PDS. (Alailson Muniz/Agência Amazônia)

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